08/07/2003 - 16h59

Greve dos funcionários do IBGE não adia divulgação de indicadores de inflação

Rio, 8/7/2003 (Agência Brasil – Abr) – Apesar da extensão da greve dos funcionários do IBGE, que atingiu cerca de 90% da categoria em todo o país, o instituto manteve para esta quarta-feira a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza as metas de inflação fixadas pelo Banco Central.

Segundo a Associação dos Servidores do IBGE (ASSIBGE), a paralisação contra a Reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional é por tempo indeterminado e vai atingir as principais coletas de índices de preços e de indicadores industriais e de emprego apurados pelo Instituto. O movimento, segundo o sindicato, também é uma forma de pressão para que o governo federal apresente o plano de cargos da categoria, uma proposta concreta para a reposição das perdas dos últimos anos e também o aumento dos auxílios saúde e alimentação.

Ainda de acordo com a entidade, foram coletados apenas os preços dos primeiros sete dias do mês, o que retardará ou poderá mesmo inviabilizar a divulgação de índices e indicadores como a Pesquisa Industrial Mensal, Pesquisa Mensal de Comércio, os Índices de preços (INPC, IPCA, IPCA-15 e IPCA-E), e também os indicadores industriais.

O IBGE, que deve divulgar amanhã a inflação relativa ao mês de junho, deverá fazer um balanço do movimento ainda no final desta tarde.

08/07/2003 - 16h58

Bovespa opera em alta de 1,23%

São Paulo, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Bolsa de Valores de São Paulo opera em alta de 1,23% com o Ibovespa na marca de 13.567 pontos. Até às 16h45, foram negociados 89 bilhões de títulos no valor de R$ 627, 3 milhões. As maiores altas: Net PN 27,5%, Ipiranga Pet PN 7,2% e Eletrobrás ON 4,9%. As maiores quedas: Telesp PN 1,2% , CRT Celular PNA 0,9% e Aracruz PNB 0,6%.

08/07/2003 - 16h56

Russos vão inspecionar criadouros brasileiros de bovinos e suínos

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Uma missão russa começa, na quinta-feira (10), um programa de visitas a 11 estados brasileiros. Os russos vão inspecionar matadouros, entrepostos e frigoríficos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Groso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Distrito federal e Rondônia. O objetivo é habilitar novos estabelecimentos brasileiros para a exportação de carnes bovina e suína para a Rússia.

08/07/2003 - 16h56

Indicadores industriales de mayo confirman desaceleración del ritmo de producción

Brasília, 9/7/2003 (Agencia Brasil - ABr) - Los indicadores industriales de mayo de la Confederación Nacional de la Industria (CNI) confirman la desaceleración del ritmo de producción en 2003. Según datos de la CNI, el nivel de utilización de la capacidad instalada del sector productivo, presentó en mayo el peor resultado desde enero del año pasado, mientras las ventas reales del sector presentaron descenso del 0,36% con relación a mayo de 2002. Los salarios de los trabajadores de la industria también presentaron retracción.

Según evaluación del sector productivo, el descenso del poder de compra de los trabajadores de la industria llegó al 7,67% en mayo, con relación al mismo periodo del año pasado, "Si no fuese por las exportaciones y el agronegocio, los números serían aún más negativos", dijo el coordinador de la Unidad de Política Económica de la CNI, Flávio Castelo Branco.

Según él, el crecimiento en la producción no fue tan fuerte como se esperaba. "Es una señal de que las dificultades llegaron al mercado de trabajo". Para Castelo Branco, eso significa menos poder de compra del trabajador y tendencia de estagnación de la economía. Las exportaciones deben continuar a impulsar la economía este año, pero para que crecezcan más, es necesario que se estimule "el componente interno", dijo Castelo Branco, refiriéndose a la necesidad de inversiones en infraestructura y reducción de los intereses. (AKR)

08/07/2003 - 16h56

May's industrial indicators confirm deceleration in production rhythm

Brasília, July 9, 2003 (Agência Brasil - ABr) - The National Confederation of Industry's (CNI) industrial indicators for May confirm the deceleration of the production rhythm in 2003. According to CNI data, the level of usage of the productive sector's installed capacity in May presented the worst result since January, 2002, while the real sales of the sector fell 0.36% in relation to May, 2002. The salaries of industrial workers also exhibited declines.

In the assessment of the productive sector, the drop in industrial workers' purchasing power amounted to 7.67%, in comparison with May, 2002. "Were it not for exports and agrobusiness, the numbers would be even more negative," said the coordination of the CNI's Economic Policy Unit, Flávio Castelo Branco.

In his view, the growth in production was not as strong as expected. "It is a sign that difficulties have arrived on the labor market." For Castelo Branco, this means less purchasing power in the hands of workers and a tendency for the economy to stagnate. Exports should continue to lever the economy this year, but, to grow more, it is necessary to stimulate "the domestic component," Castelo Branco remarked, referring to the need for investments in infrastructure and the reduction of interest rates. (DAS)

08/07/2003 - 16h52

Encontro debate cadeia produtiva de brita

Rio, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) – O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, abre quinta-feira (10), às 16h, na sede da Firjan, em companhia do secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, e do presidente do Sindicato das Indústrias de Brita do Estado do Rio, Carlos Babo, seminário para discussão de temas relacionados ao setor de produção de brita. A região metropolitana fluminense é hoje o segundo maior pólo brasileiro de produção e consumo de areia e brita, insumos largamente utilizados na construção civil.

Durante o encontro, promovido pela Firjan, pelo governo estadual e pela UFRJ, e organizado pelo Sindibrita e pelo Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), será apresentado o Estudo do Parque Produtor de Brita da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, elaborado pelo Departamento de Geologia da Universidade.

A pesquisa revela a situação atual do setor de brita do estado do Rio, que enfrenta grave crise por causa da redução da demanda. O trabalho propõe um plano de ação do governo e da iniciativa privada para integrar a cadeia produtiva e melhorar o aporte tecnológico, o que traria, na avaliação da Firjan, boas repercussões na qualidade dos produtos e na redução dos impactos ambientais provocados pela atividade.

08/07/2003 - 16h48

Indicadores da CNI confirmam desaceleração industrial

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os indicadores industriais de maio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirmam a desaceleração do ritmo de produção em 2003. Segundo dados da CNI, o nível de utilização da capacidade instalada do setor produtivo alcançou 79,8%, contra 80,5% de maio de 2002. Aliás, o resultado de maio deste ano é o segundo pior desde janeiro do ano passado (79,9%). As vendas reais do setor apresentaram, também, queda de 0,36% em relação a maio de 2002, assim como os salários dos trabalhadores da indústria.

Segundo avaliação do setor produtivo, a queda do poder de compra dos trabalhadores da indústria chegou a 7,67% em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. "Não fossem as exportações e o agronegócio, os números seriam mais negativos", disse o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Segundo ele, o crescimento na produção não foi tão forte quanto o esperado. "É um sinal de que as dificuldades chegaram ao mercado de trabalho". Para Castelo Branco, isso significa menos poder de compra do trabalhador e tendência de estagnação da economia. As exportações devem continuar a alavancar a economia neste ano, mas para crescer mais, é necessário a gente precisa estimular "a componente interna", disse Castelo Branco referindo-se a necessidade de investimentos em infra-estrutura e redução dos juros.

08/07/2003 - 16h46

Banco Central e sindicato dos servidores divulgam números diferentes da adesão à greve

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A adesão dos servidores do Banco Central à greve variou nos estados onde a instituição tem escritório. De acordo com o banco, no Rio, onde a participação foi maior, 90% dos funcionários aderiram à paralisação, enquanto em Brasília, apenas 10% não trabalharam. Em Porto Alegre, 40% dos servidores paralisaram as atividades; em Curitiba, foram 50%; em Belo Horizonte, 17%; em Fortaleza, 15%; em Recife, 30%; em Salvador, 44% e, em São Paulo, 30%. Os serviços considerados essenciais para o funcionamento do sistema financeiro, que envolvem operações de câmbio, reservas internacionais e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), funcionaram normalmente.

O Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal) informou que o balanço oficial considerou apenas o total de servidores no cargo. Em Brasília, por exemplo, o sindicato estima que a adesão tenha sido de 50%; em Belo Horizonte e Curitiba, de 60%; em Fortaleza, de 50%; em Porto Alegre, de 65%; em Recife, de 70%; no Rio de Janeiro e em Salvador, de 95%; em São Paulo, de 50%; e em Belém, de 60%. O sindicato informou também que, no Rio, em Belo Horizonte e em Fortaleza, o Banco Central não fez a distribuição de cédulas para o mercado. O serviço foi executado pelo Banco do Brasil.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindisep), nas demais regionais do Banco Central, a distribuição de dinheiro foi feita de forma precária.

08/07/2003 - 16h42

Garotinho diz que sabia do esquema de extorsão na Secretaria de Fazenda

Rio, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Em depoimento que durou cerca de 40 minutos, o
ex-governador e atual secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, confirmou hoje ao juiz Lafredo Lisboa, titular da Terceira Vara Criminal Federal, que, durante sua administração, soube que havia um esquema de extorsão na Secretaria de Fazenda. Garotinho disse que recebeu a informação do presidente da Light, Edésio Quintal, e que, como governador, pediu ao secretário de Segurança, à época, o delegado Josias Quintal, que investigasse e prendesse os fiscais estaduais e auditores federais envolvidos, e que notificasse o caso ao Ministério Público Estadual.

De acordo com Garotinho, o secretário de Segurança, foi contra a prisão imediata, por entender que causaria prejuízos à investigação. Durante o depoimento, Garotinho admitiu que conhecia o fiscal Rodrigo Silveirinha, com quem teve uma conversa em que este lhe disse que deixaria o cargo, temendo acusações que lhe eram feitas e também pela segurança de sua família. Anthony Garotinho concluiu o depoimento afirmando que não conhecia pessoalmente outros 23 acusados no processo e que, diante dos fatos divulgados pela imprensa, pediu à bancada do governo na Assembléia Legislativa para abrir uma comissão parlamentar de inquérito, tendo em vista que o percentual desviado para o exterior pelos fiscais do estado e auditores federais representava uma enorme perda de receita para o Estado, estimada em R$ 12 bilhões por ano. Os depoimentos na fase de defesa do processo devem durar até setembro.

08/07/2003 - 16h40

Repartição da CPMF com estados e municípios é polêmica na reforma tributária

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) – A polêmica sobre a repartição dos recursos da CPMF com os estados e municípios deve continuar até o dia 15, quando o relator da comissão da Reforma Tributária, Virgílio Guimarães (PT-MG), apresenta seu relatório preliminar com sugestões de mudanças no texto do executivo.

Apesar de ser favorável à repartição, o relator teme pela arrecadação da União e, por isso, ainda não decidiu se a proposta vai constar de seu parecer. "Acho tecnicamente correta, mas a questão é descobrir como fazer isso de maneira equilibrada. O fato de ser favorável não significa que vai estar no relatório. Não é em busca de uma repartição desejada que vamos desequilibrar receitas da União. Isso não será feito", disse.

Já sobre a possibilidade de repartir os recursos da Contribuição sobre Intervenção do Direito Econômico (CIDE), que também foi pleiteada pelos governadores, Virgílio disse que considera a repartição pura e simples um erro técnico porque, ao contrário da CPMF, a Cide é regulatória. "A Cide não é adequada para ser compartilhada porque ela é regulatória, não é só para construir estradas", disse.

Hoje, o governador de Sergipe, João Alves (PFL), e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defenderam a repartição da receita da contribuição com os estados e municípios. O governador destacou a possibilidade de vincular parte dos recursos da CPMF aos Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM), em vez de definir os percentuais de 0,08% destinados aos Estados e 0,02% para os municípios. Já o empresário considera o compartilhamento das receitas da CPMF justa, mas, assim como o relator, alertou para a necessidade da comissão encontrar mecanismos que evitem o risco da União sair prejudicada.

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