Inmetro libera selo de qualidade para produtos que consomem pouca energia

10/11/2002 - 17h53

Brasília, 10/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A questão da compra de eletrodomésticos versus economia de energia é um dos pontos de atenção dos consumidores. Preocupado com esta questão, o Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) libera um selo de qualidade para os produtos que consomem pouca energia.

O instituto coordena - há cerca de 15 anos – o Programa Brasileiro de Etiquetagem, que tem a missão de identificar o melhor índice de eficiência energética para os eletrodomésticos.
A redução do desperdício de energia, ao longo dos últimos 8 ou 9 anos, principalmente os de linha branca (para deixar em casa) foi considerável, de acordo com o gerente da Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Marco Aurélio Lima, entrevistado pelo programa Revista Brasil, da Nacional AM. Ele completou dizendo que, hoje, quase a totalidade dos fabricantes nacionais atendem ao desempenho energético.

O programa (selo) verifica o uso racional de energia elétrica, basicamente, mas também constata a qualidade do produto. O selo de qualidade é colorido, e vai de A até G. Ele deu um exemplo: no caso de fabricantes A e B, ambos com selo de qualidade, no qual o fornecedor A custa R$ 600,00, e B custa R$ 500,00 reais, os R$ 100 de diferença, se o consumidor adquirir o equipamento A, vão sumir em dois ou três meses. "Isso porque o produto A consome muito menos energia do que o equipamento marcado pelo selo B", disse.

De acordo com Marco Aurélio, o consumidor deve dizer não aos produtos que não estão em dia com as normas. "Eu acho que o Brasil, hoje, não tem como fugir dessa premissa", concluiu. Para ter credibilidade e confiança, todos os produtos devem atender a uma padronização. As normas de segurança são requisitos que os produtos com impacto na saúde, segurança, e meio ambiente, e que são regulamentados por órgãos reguladores, precisam atender.

O entrevistado destacou, também, que está sendo fomentada a idéia "da importância de termos produtos através de normas". Ele destacou que, ao longo dos últimos tempos, houve uma grande interatividade entre os órgãos reguladores e o setor produtivo, a fim de "cada vez mais conscientizá-los de que, além de colocar produtos com qualidade no mercado interno". Hoje, o país conta com cerca de 100 produtos com a marca Inmetro.