Oxford (Inglaterra),14/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique Cardoso explicou, há pouco, que as críticas que fez ao FMI e a relação que o futuro governo deve manter com o organismo foram genéricas. Lembrou que as críticas também têm sido feitas por outros economistas internacionais, mas acrescentou que o governo Lula deverá manter a disciplina fiscal para garantir uma resposta aos anseios da sociedade sem que com isso haja o risco de prejudicar a economia do país.
"Numa situação específica é preciso disciplina fiscal. No mundo de hoje todos os países têm que ter disciplina fiscal", afirmou. Em relação às comparações que fez com a Argentina na entrevista concedida ontem para a BBC Brasil, ele disse que a situação dos dois países é muito diferente e que se o futuro governo souber se adaptar e manter a estabilidade não há risco de crise. "O Brasil não está numa situação de desorganização da economia. A despeito das dificuldades, a nossa economia nunca entrou tecnicamente em recessão. Agora que acabaram as eleições, que eram a razão das dúvidas, depende da competência do novo goverbo de atender os anseios sem por em risco a inflação".