Secretário de Desenvolvimento da Produção participa de seminário em Washington

14/11/2002 - 13h30

Brasília, 14 (Agência Brasil - ABr) - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) promove, na próxima segunda-feira (18), em Washington, o Seminário sobre Competitividade na América Latina, que contará com a participação de 13 países e 15 ministros. O secretário do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Reginaldo Arcury, será o representante do Brasil no evento.

Arcury disse hoje que o país tem muito a mostrar, com a experiência dos fóruns de competitividade, que unem governo, empresários e trabalhadores na discussão de soluções para as cadeias produtivas e não somente em cada setor. Ele explicou que uma decisão que beneficie a semente de algodão, por exemplo, surtirá efeito na ponta, na confecção de tecidos que vão competir com as importações e no mercado externo, gerando e distribuindo renda e emprego internamente.

Na opinião do secretário, a política dos fóruns de competitividade deu tão certo que já está sendo avaliada sua utilização pelos parceiros do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Para ele, a criação desses fóruns pelo atual governo embute a preocupação de um projeto para o país e, por isso, o futuro governo terá condições de já avançar, "sem ter que começar do zero".

Arcury citou entre os projetos reivindicados e concretizados nos fóruns de competitividade o do financiamento para plantio de floresta e a certificação de madeira para evitar uso indevido do produto e agressão ao meio ambiente. Segundo ele, com a decisão, foi reposta a capacidade de produção de madeira e o móvel brasileiro será exportado com certificação, como exigem os mercados compradores, principalmente, Estados Unidos, Europa e Ásia.

Na ocasião, o secretário informou que o ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, deverá divulgar, no início de dezembro, o resultado de uma pesquisa, encomendada pelo Ministério, sobre o impacto nas cadeias produtivas e, em conseqüência, na economia brasileira, no caso de fechamentos de acordos com a Área de Livre Comércio (Alca), União Européia e Organização Mundial do Comércio (OMC).

Arcury observou que o resultado da pesquisa, feita por alunos de várias universidades públicas brasileiras, será útil para o próximo governo nas discussões com o setor produtivo e com os órgãos governamentais. Ele acrescentou que negociações com a Alca, a União Européia e a OMC representam flexibilização de regras e mais abertura comercial, que afetam as relações de comércio e o mercado de trabalho interno.