Brasília, 18/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Banco Mundial (Bird), James Wolfensohn, está participando hoje no Museu Emílio Goeldi, em Belém, de reunião com o governador do Pará, Almir Gabriel, governadores eleitos da Região Norte e representantes da sociedade civil e do setor privado para discutir estratégias e opções para a Amazônia. Entre os participantes da reunião estão também o ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, o governador do Acre, Jorge Viana, o vice presidente do Banco Mundial para América Latina e Caribe, David de Ferranti, e o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Vinod Thomas. Após o encontro, 17h15, o presidente do Bird concede coletiva à imprensa.
"Queremos ouvir e dialogar com os principais grupos interessados na Amazônia, inclusive com os governadores eleitos e com representantes da sociedade civil, para identificar as melhores formas como o banco poderá apoiar", disse James Wolfensohn. "Já iniciamos esse debate com os estados do Amapá, Pará e Tocantins, e gostaríamos de aprofundá-lo e expandi-lo para outros estados da Amazônia."
A Amazônia brasileira ocupa cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados, uma área equivalente ao território de 25 países europeus, e abrange a maior área de floresta tropical remanescente no planeta. Contudo, a metade de seus 20 milhões de habitantes é pobre e enfrenta problemas como desemprego, doença e falta de acesso à educação.
O Brasil fez importantes progressos na conservação e no desenvolvimento da região amazônica. Entre as iniciativas que promovem o uso sustentável dos recursos naturais estão o lançamento do Programa Nacional de Florestas, o financiamento de sistemas extrativistas e agro-florestais, a aprovação de importantes marcos legais como o Código Florestal, a conservação de grandes
áreas críticas para o ecossistema, e o trabalho em parcerias internacionais como o Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7) e o Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF).
Contudo, o Brasil ainda enfrenta muitos desafios ao desenvolvimento sustentável na Amazônia, como o desflorestamento, as queimadas e a pobreza na região. "O fato de o encontro ocorrer durante a fase de transição política apresenta uma oportunidade singular para o debate e compreensão das diversas realidades e prioridades regionais," acrescentou Wolfensohn.
O objetivo do Banco Mundial é absorver a diversidade de experiências e de visões, ajudando no desenvolvimento de um consenso na luta contra a pobreza e pela sustentabilidade ambiental.