Brasília, 19/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert) está mobilizando mais de 2,5 mil emissoras de rádio e 206 emissoras de televisão associadas para que divulguem o assunto dengue como pauta prioritária em suas programações. "É preciso mobilizar os nossos associados com notícias de caráter não apenas informativo, mas também educativo", afirma a assessora da entidade e membro do Comitê Nacional de Mobilização Social contra a Dengue, Stella Cruz.
Sobre a instalação do Comitê, Stella disse considerar muito importante a existência de um órgão, no caso a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), articulando as ações de comunicação da campanha. "Temos certeza de que os nossos associados contribuirão muito para o esclarecimento e o engajamento da população na campanha de combate à dengue", disse.
O Comitê Nacional foi instalado em 1º de outubro com a função de discutir e articular ações que envolvam todos os segmentos sociais no combate à dengue. A coordenação é exercida pela Funasa, que está implementando junto com os integrantes do comitê as ações preparativas para o próximo dia 23 de novembro, o Dia D de combate à dengue.
No Dia D deverão ser identificados, eliminados ou tratados objetos que possam se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, tais como garrafas e pratos dos vasos de plantas. Cerca de 90% dos focos do mosquito da dengue estão nos domicílios.
Para garantir o sucesso das ações de mobilização social, a Funasa convidou cerca de 30 importantes instituições privadas e públicas para integrar o Comitê Nacional. Fazem parte do Comitê, além da Abert, o Ministério da Saúde e outros órgãos governamentais, representações de classe e de setores produtivos e representantes de organizações não governamentais.
A criação do Comitê Nacional está prevista no Programa Nacional de Controle da Dengue, lançado em 24 de julho. O programa conta com recursos de cerca de R$ 1 bilhão. As metas são reduzir a menos de 1% a infestação predial pelo mosquito Aedes aegypti em todos os municípios brasileiros; reduzir em 50% o número de casos em 2003, em relação a 2002, e em mais 25% nos anos seguintes; e a menos de 1% os óbitos por dengue hemorrágica.