Brasília, 19/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A Fundação Cultural Palmares, entidade que reúne os afro-descendentes brasileiros e populações remanescentes de quilombos, está engajada na campanha contra a dengue. "Há grande interesse em envolver as comunidades afro-descendentes na campanha de combate à dengue", afirmou a coordenadora nacional de comunidades remanescentes de quilombos, Edir de Paula.
De 1º a 3 de dezembro, quando será realizado o encontro das comunidades quilombolas em Brasília, a Fundação Palmares pretende abordar a questão da dengue e fazer uma ampla divulgação entre os participantes do evento. Na homepage da Fundação Palmares (http://www.palmares.gov.br/) serão inseridas informações sobre a dengue e sobre o Dia D de mobilização nacional, que acontecerá no próximo dia 23 de novembro.
O Comitê Nacional foi instalado em 1º de outubro com a função de discutir e articular ações que envolvam todos os segmentos sociais no combate à dengue. A coordenação é exercida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que está articulando as ações preparativas para o próximo dia 23 de novembro, o Dia D de combate à dengue.
No Dia D deverão ser identificados, eliminados ou tratados objetos que possam se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, tais como garrafas e pratos dos vasos de plantas. Cerca de 90% dos focos do mosquito da dengue estão nos domicílios.
Para garantir o sucesso das ações de mobilização social, a Funasa convidou cerca de 30 importantes instituições privadas e públicas para integrar o Comitê Nacional. Fazem parte do Comitê, além da Fundação Cultural Palmares, o Ministério da Saúde e outros órgãos governamentais, representações de classe e de setores produtivos e representantes de organizações não governamentais.
A criação do Comitê Nacional está prevista no Programa Nacional de Controle da Dengue, lançado em 24 de julho. O programa conta com recursos de cerca de R$ 1 bilhão. As metas são reduzir a menos de 1% a infestação predial pelo Aedes aegypti em todos os municípios brasileiros; reduzir em 50% o número de casos em 2003, em relação a 2002, e em mais 25% nos anos seguintes; e a menos de 1% os óbitos por dengue hemorrágica.