Brasília, 19/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão do Ministério da Saúde que regula e fiscaliza a atuação das operadoras de saúde no Brasil, criou em sua estrutura interna o comitê ANS versus Dengue, responsável pela promoção de ações de combate à dengue.
Cerca de 2,7 mil operadoras de saúde cadastradas receberam e-mails com mensagens e material informativo sobre a dengue para repassarem aos seus beneficiários. Além disso, representantes de 49 órgãos públicos federais no Rio de Janeiro foram convocados para auxiliar na distribuição de folhetos e na conscientização dos seus 299 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas. A entidade também tem promovido reuniões constantes com seus 800 servidores para que façam inspeções em suas residências e se tornem "vigilantes" no combate à dengue.
A ANS é uma das integrantes do Comitê Nacional de Mobilização Social contra a Dengue. O Comitê foi instalado em 1º de outubro com a função principal de discutir e articular ações que envolvam todos os segmentos sociais no combate à dengue. A coordenação é exercida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que está articulando as ações preparativas para o próximo dia 23 de novembro, o Dia D de combate à dengue.
No Dia D, toda a população, em todos os estados, deverá identificar, eliminar ou tratar objetos que possam se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, tais como garrafas e pratos dos vasos de plantas. Cerca de 90% dos focos do mosquito da dengue estão nos domicílios.
Para garantir o sucesso das ações de mobilização social, a Funasa convidou cerca de 30 importantes instituições privadas e públicas para integrar o Comitê Nacional. Fazem parte do Comitê, além da ANS, o Ministério da Saúde e outros órgãos governamentais, representações de classe e de setores produtivos e representantes de organizações não governamentais.
A criação do Comitê Nacional está prevista no Programa Nacional de Controle da Dengue, lançado em 24 de julho. O programa conta com recursos de cerca de R$ 1 bilhão. As metas são reduzir a menos de 1% a infestação predial pelo Aedes aegypti em todos os municípios brasileiros; reduzir em 50% o número de casos em 2003, em relação a 2002, e em mais 25% nos anos seguintes; e a menos de 1% os óbitos por dengue hemorrágica.