Radioagência Nacional

O rebanho das comunidades indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol, no noroeste de Roraima, começou a ser vacinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Funai e a Agência de Defesa Agropecuária do estado. A meta é imunizar 50 mil mil cabeças de gado em 218 comunidades contra uma possível entrada estrangeira da febre aftosa. A região é considerada de risco por estar na fronteira com a Venezuela, que apresenta muitos casos da doença, e com a Guiana, país onde não há dados oficiais sobre a infecção dos animais.

O governo venezuelano declarou, no último dia 23, emergência de 90 dias no setor elétrico do país. A capital de Roraima, Boa Vista, e os municípios interligados ao sistema venezuelano de energia têm apenas essa fonte de abastecimento e, por isso, temem ficar sem luz.

Um conflito ocorrido no último dia 14 entre grupos do povo Yanomami, em Roraima, deixou quatro mortos e oito feridos e trouxe à tona a denúncia da entrada de garimpeiros na terra indígena e de fornecimento ilegal de armamento aos nativos. Segundo o líder Dário Kopenawa Yanomami, muitos indígenas têm utilizado armas de fogo que teriam sido entregues por garimpeiros invasores da terra yanomami. O presidente do Sindicato dos Garimpeiros do Estado de Roraima, Crisnel Francisco Ramalho, negou que os homens estejam fornecendo armas de fogo aos indígenas. Na opinião de Crisnel, os garimpeiros só se aproximam da terra indígena porque precisam trabalhar.

No último dia 14, deputados federais da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia foram a Boa Vista para verificar a atual situação da terra indígena e de seus antigos produtores. Segundo eles, a área estaria abandonada. Lideranças indígenas rebatem a afirmação, e explicam que um plano de desenvolvimento deve integrar a economia local à preservação e recuperação do meio ambiente nos próximos 30 anos.