Pelo menos 100 pessoas morrem e 2 mil ficam feridas em protestos no Egito, diz Irmandade Muçulmana

14/08/2013 - 8h46

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Pelo menos 100 pessoas morreram em confrontos entre policiais e manifestantes, de ontem (13) para hoje (14), no Cairo, no Egito, segundo a organização religiosa Irmandade Muçulmana. Mais de 2 mil pessoas ficaram feridas durante os protestos em decorrência de uma operação de dispersão dos acampamentos, onde estavam os ativistas que apoiam o presidente deposto Mohamed Mursi, que deixou o poder em 3 de julho.

O porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad Al Haddad, divulgou os dados pela rede social Twitter. As autoridades do Egito rebateram as informações. O Ministério do Interior egípcio confirmou apenas que seis pessoas morreram nas ações, entre elas dois policiais. O governo confirmou ainda que 26 pessoas se feriram.

A Irmandade Muçulmana, movimento religioso que fazia parte do governo Mursi, promove uma série de protestos em favor do presidente deposto, que é mantido preso sob supervisão das Forças Armadas. Os críticos de Mursi e favoráveis ao atual governo provisório reagem também promovendo manifestações.

Nas ações policiais de ontem, houve destruição de barracas e abandono de veículos em acampamentos favoráveis a Mursi. Os policiais estavam equipados com material antimotim.

A tensão no Egito foi agravada em 30 de junho, quando diversos setores da oposição promoveram protestos exigindo a deposição de Mursi. Houve ainda reações dos favoráveis ao ex-presidente.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

Edição: Talita Cavalcante

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