Guilherme Jeronymo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Portaria assinada hoje (23) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aumentará o volume de recursos distribuídos às unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) do governo fluminense dos atuais R$ 154,4 milhões por ano para R$ 244 milhões. No evento foram celebrados os 14 milhões de atendimentos no estado, desde 2007.
Os recursos se destinarão a 22 unidades de atendimento, tendo por critério a qualidade do serviço prestado e as condições para ampliação de serviços. O Rio de Janeiro tem um total de 54 UPAs, de 213 ativas no país, e recebe repasse de recursos para gerenciar unidades em parceria com municípios ou por meio de organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). De acordo com o governo estadual, as unidades têm um custo total, anual, de R$ 694 milhões.
O modelo de UPAs, originado em experiências municipais, foi aprimorado no Rio de Janeiro, segundo Padilha, e é focado no atendimento de baixa e média complexidade, o que redireciona o atendimento aos pacientes que se destinariam aos hospitais. Os levantamentos divulgados hoje mostram que apenas 1% dos pacientes atendidos pelas UPAs precisa ser removido aos hospitais.
No evento o ministro divulgou ainda o investimento em sistemas de inteligência e software, dentro do programa S.O.S. Emergência, para permitir acompanhamento à distância dos hospitais pelo Ministério. Para a implantação do sistema no Hospital Miguel Couto, no Rio, foram gastos R$ 770 mil, permitindo o monitoramento dos fluxos de atendimento em três momentos: na recepção, no atendimento realizado pelos profissionais de saúde e na farmácia.
O governo estadual tem programa semelhante em suas UPAs, que permite o monitoramento, com um atraso de 30 minutos, dos atendimentos realizados nas unidades, além de dados como tempo de espera, quantidade de pacientes nos leitos e falta de profissionais. Em julho, o governo anunciou ainda a implantação de um sistema de monitoramento de funcionários, visando, de maneira velada, um controle mais rígido da presença dos profissionais da saúde.
No evento, o vice-governador do estado, Luiz Fernando Pezão, lembrou, em tom de crítica, a retirada de recursos da CPMF da Saúde, que diminui em um total de R$ 45 milhões o repasse ao setor.
Edição: Fábio Massalli