Operação Fênix prende 19 suspeitos de integrar quadrilha controlada por Fernandinho Beira-Mar

22/11/2007 - 19h52

Raphael Ferreira
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A OperaçãoFênix, realizada hoje (22) pela PolíciaFederal, prendeu 11 pessoas suspeitas de ligação a uma quadrilha de tráficode drogas, que seria controlada por Luiz Fernando da Costa, oFernandinho Beira-Mar. Dentre os 11 presos,estão a mulher de Fernandinho Beira-Mar, Jaqueline AlcântaraMorais, o irmão dela, Ronaldo, e dois advogados do traficante.Jaqueline é acusada de dar apoio logístico àquadrilha enquanto o traficante está preso, se tornando seu“braço-direito”. O delegado dacoordenadoria especial de Fronteiras da Polícia Federal,Vagner Mesquita de Oliveira, informou que a irmã de Beira-Mar,Déborah, está sendo procurada.Segundo a assessoria decomunicação da Polícia Federal, FernandinhoBeira-Mar comandava a organização criminosa de dentrodo Presídio Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul,onde está preso desde julho. A quadrilha tinha influêncianacional e internacional. De acordo com apolícia, foram apreendidos US$ 50 mil, além de jóias,computadores e cofres, que ainda estão sendo abertos. Durante um ano e meiode investigações, outras 19 pessoas foram presas,apreendidos 750 quilos de cocaína, quatro toneladas demaconha, armas, 2 mil cartuchos de munição, um aviãoe veículos. Também foram localizados dois fornecedoresde drogas foragidos da Justiça brasileira e paraguaia. Segundo o assessor decomunicação da Polícia Federal, Wilson RochaBarbosa, não foi detectado o uso de celulares por parte deFernandinho Beira-Mar de dentro do presídio federal desegurança máxima. “Ele estádetido, mas não está incomunicável. Ele recebeadvogados, parentes e amigos. Dessa forma, ele transmite suasorientações para a organização criminosa.Durante um ano e meio de monitoramento não foi detectadanenhuma comunicação de Fernandinho Beira-Mar com omundo externo à prisão via telefone celular”, disse.De acordo com a PolíciaFederal, a polícia afirmou que as drogas eram importadas pelaquadrilha, principalmente do Paraguai, Bolívia, Venezuela eColômbia, e entravam no Brasil, na maioria das vezes, peloestado do Paraná, na região de Foz do Iguaçu,por meio de aviões, carros e caminhões. Os produtos eramcomercializados principalmente nas cidades de São Paulo e doRio de Janeiro. Uma das principais facções criminosasde São Paulo também estaria envolvida na organização.Segundo a Polícia Federal, por meio dos contatos feitos porFernandinho Beira-Mar, foi possível identificar todos osfornecedores de drogas da quadrilha. Um dos advogados do traficanteJoão José de Vasconcellos Kolling, continua foragido háseis meses. Outros mandados deprisão ainda serão cumpridos.