Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou na noite de hoje (22) que a saída do ministro Walfrido dos Mares Guia, da Secretaria de Relações Institucionais, não vai "trazer nenhum prejuízo" para as negociações pela aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo o ministro, a prorrogação da CPMF vai ser aprovada no Senado."Ele [Walfrido dos Mares Guia] vai ser substituído pelo José Múcio, que estava acompanhando toda essa movimentação. Acredito que não trará nenhum prejuízo para a aprovação da CPMF. Ela será aprovada porque a esmagadora maioria da base aliada é favorável à aprovação. E também acredito que alguns membros da oposição estarão votando pela CPMF", disse o ministro, que participou de jantar oferecido pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).De acordo com Mantega, vão votar pela continuação da cobrança do tributo "aqueles que têm consciência de que a CPMF é importante para a estabilidade fiscal e para a credibilidade do país, e também para manter os recursos adicionais para a Saúde e outros projetos que beneficiam os estados". Os estados, acrescentou, sairão perdendo caso a CPMF não seja aprovada.O ministro também comentou as declarações do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, de que a CPMF foi criada no governo dele por causa de uma crise fiscal e que, agora, deveria ser extinta. Mantega disse respeitar a posição do ex-presidente, mas afirmou que "não é uma posição unânime" dentro do PSDB."Não sei se é a mesma posição de outros líderes do PSDB, que estão exercendo funções de administração e que, portanto, sabem da importância da CPMF para receberem, por exemplo, mais recursos para a saúde e para viabilizar o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]", disse.