Presidente do PMDB-MG diz que Alencar não ''fechou a porta'' da volta ao partido

23/05/2005 - 21h02

Brasília, 23/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do PMDB em Minas Gerais, deputado federal Saraiva Felipe, disse que o presidente da República em exercício, vice-presidente José Alencar, não "fechou a porta" quanto à possibilidade de deixar o PL e retornar ao PMDB.

Saraiva Felipe destacou, no entanto, a lealdade de Alencar ao governo Lula. "O tempo todo ele nos fez refletir sobre o seu compromisso de lealdade para com o presidente Lula, mas ficou aberta a porta para que possamos aprofundar a conversa em termos políticos", afirmou, ao deixar o Palácio do Planalto, onde foi recebido por Alencar ao lado de representantes da bancada do PMDB de Minas Gerais.

Na opinião do deputado, Alencar tem projeção política, por ter idéias próprias, e por isso fortaleceria o partido, tanto para disputas regionais quanto para as nacionais. "Alencar faz parte do projeto de fortalecimento do PMDB de Minas Gerais. Com a presença dele no partido, fica fortalecido o nosso projeto, que é o de ter uma candidatura própria para o governo de Minas Gerais. Eu, particularmente, defendo que tenhamos candidatura própria para disputar a Presidência da República", acrescentou.

Saraiva Felipe lembrou que Alencar já foi candidato a governador de Minas Gerais pelo PMDB, em 1990, e se elegeu senador, também pelo PMDB, em 1998.

O senador Hélio Costa (PMDB/MG), que também participou da audiência com Alencar, disse que o partido está "esperançoso" de que Alencar volte para o PMDB: "Nós sabemos dos seus compromissos partidários, mas temos a esperança de que ele pensará na nossa proposta".

Segundo o senador, o assunto CPMI dos Correios não foi tratado com o presidente em exercício. Costa garantiu que há "zero chance" de ele retirar sua assinatura para a instalação da Comissão destinada a investigar as denúncias de corrupção. "Eu assinei porque o Congresso Nacional pode fazer uma investigação séria e correta. O Congresso Nacional também deve ter o direito de fazer a sua investigação", acrescentou.