Requerimento por instalação de CPMI dos Correios tem mais 25 assinaturas

23/05/2005 - 23h16

Brasília, 23/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - Enquanto os líderes da base aliada trabalham para que seus liderados retirem as assinaturas do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar denúncias de corrupção nos Correios, a oposição está ampliando o número de assinaturas favoráveis.

No início da noite desta segunda-feira, os líderes da oposição protocolaram na Mesa do Congresso mais 25 assinaturas, de 24 deputados e um senador. Ao todo, estão protocoladas 242 assinaturas de deputados e 50 de senadores. Para a criação da comissão são necessárias as assinaturas de 171 deputados e 27 senadores.

Dos 24 deputados com assinaturas protocoladas hoje, quatro são da oposição, um sem partido e 19 de partidos da base governista. Da oposição, três são do PFL e um do PPS. Da base aliada, assinaram o requerimento dois deputados do PCdoB, nove do PMDB, três do PTB, três do PL e dois do PT.

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), já acertaram a realização de sessão do Congresso Nacional às 10h de quarta-feira (25), para a leitura do requerimento que pede a instalação da CPMI.

Em reunião na noite desta segunda-feira, entre os líderes da base aliada, foi feita uma avaliação do dia no Congresso em relação à intalação da CPMI, segundo Renato Casagrande (ES), líder do PSB. A conclusão, acrescentou, é de que as ações do governo para apurar as denúncias estão indo bem e não há necessidade de instalação da comissão para apurar as denúncias. Casagrande informou, também, que ficou comprovado pelas ações do PFL e do PSDB que a oposição quer antecipar a disputa político-eleitoral.

Ainda de acordo com Casagrande, o líder do PTB, José Múcio (PE), reafirmou na reunião que a disposição do presidente do seu partido, Roberto Jefferson (RJ), é no sentido de que todos os indicados do PTB no governo coloquem seus cargos à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.