Delegado da Baixada Fluminense confirma ida à Alerj para audiência quarta-feira sobre chacina

23/05/2005 - 20h23

Rio, 23/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O delegado Rômulo Vieira Alves, titular da Delegadia de Homicídios da Baixada Fluminense, confirmou que comparecerá à audiência marcada para as 10h de quarta-feira (25) pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Já o coronel Paulo César Ferreira Lopes, comandante do batalhão da Polícia Militar em Duque de Caxias, avisou que não irá à reunião agendada pela Comissão para esta terça-feira (24).

Os dois foram convocados para prestar esclarecimentos sobre o andamento das investigações da chacina de Queimados e Nova Iguaçu, onde 29 pessoas foram mortas no dia 31 de março. O delegado, responsável pelo inquérito, será questionado sobre os rumos da apuração para identificar os mandantes do crime. O deputado Geraldo Moreira (PSB), presidente da Comissão, já anunciou que pedirá abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as motivações da chacina, caso as investigações da polícia não cheguem aos mandantes.

Em audiência no dia 19, a Comissão ouviu o inspetor-geral da Polícia Militar, coronel João Carlos Ferreira, que se defendeu das acusações de que estaria envolvido numa briga política com o ex-comandante de policiamento da Baixada Fluminense, coronel Francisco D’Ambrósio, e de que isso teria motivado a chacina. Ferreira, que é ex-corregedor-geral da corporação, disse não ter qualquer pretensão política, rebatendo as acusações feitas pelo deputado Paulo Ramos (PDT), de que a disputa entre os dois coronéis visando as eleições de 2006 poderia ter provocado a chacina.

O coronel D’Ambrósio não compareceu ao depoimento agendado pela comissão para o mesmo dia 19, alegando problemas pessoais. O deputado Geraldo Moreira disse que vai marcar nova data para ouvir o oficial da PM.