Rio, 10/11/2003 (Agencia Brasil – ABr) - O governo federal poderá intervir na usina El Paso Energia, que abastece Manaus, caso a empresa suspenda o fornecimento de energia na região, afirmou hoje, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. "Se uma empresa resolve desligar a energia, existe poder de polícia no Brasil que fará valer o interesse público", garantiu Pinguelli.

O presidente da Eletrobrás acredita, porém, que prevalecerão os termos do novo contrato, acordado em outubro com a El Paso, e que deverá ser aprovado pelo Conselho da estatal na próxima quarta-feira (12). Admitiu, por outro lado, que, "se a El Paso não assinar, isso configura, aí sim, uma questão grave", que já foi informada por ele à ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, e ao governador do Amazonas, Eduardo Braga.

Luiz Pinguelli Rosa revelou já ter, inclusive, começado a discutir com a Petrobras a substituição da potência disponível da usina da El Paso por uma nova usina, "porque a El Paso perdeu credibilidade para nós". Essa substituição de potência seria feita no prazo de um ano.

Na avaliação de Pinguelli, a empresa, controlada pela norte-americana El Paso Energy, iniciou uma campanha política e não comercial, depois de ter acertado um acordo com a Eletrobrás em outubro passado.

Pinguelli assinou hoje com o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, protocolo de intenção para capacitação, pelo sistema de educação à distancia do Senai/RJ, de quatro mil extensionistas rurais em todo o país.

Alana Gandra