Rio, 11/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A contribuição do setor externo para o crescimento deverá ocorrer em menor intensidade no segundo semestre, mesmo com o aumento das exportações, garantiu o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Lisboa. Para ele, será muito difícil atingir as taxas de crescimento do início do ano. No entanto, o Secretário acredita que o crescimento sustentável será viabilizado pelo aumento da produção doméstica, principalmente a partir da recuperação da taxas de investimento.
Marcos Lisboa fez um alerta para uma possível redução da taxa de juros inibir o desenvolvimento econômico. "A redução da taxas de juros é um aspecto central para a construção de um futuro melhor, porém a queda sem o acompanhamento do equilíbrio das contas públicas já nos renderam um passado de descontrole inflacionário e bolhas não sustentáveis de crescimento".
Segundo ele, o resultado desse processo é a estagnação da renda e do nível de emprego no médio e longo prazo. Para Lisboa, o nível da atividade econômica pode apresentar indicadores razoáveis durante um curto prazo, porém na ausência de investimento de infra-estrutura, construção e formação de capital, não haverá retomada do crescimento. "Nosso objetivo é romper com o passado de taxas de crescimentos passageiras, seguidas de desaceleração, cujo produto final é a estagnação".