Brasília, 11/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto afirmou hoje que o governo federal e os estados não podem se acomodar na questão energética, tendo como base a atual situação de estabilidade na geração e fornecimento. Ele defendeu ações que façam com que se consolide um plano federal de incentivo à geração de energia e diversificação da matriz energética do país. "O carvão entra nesta luta como prioridade para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e até o Paraná", enfatizou o governador, durante encontro em que foram discutidos os principais projetos de implementação de usinas térmicas no Sul do país.
Rigotto assinou com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, em Criciúma (SC), um protocolo de intenções para organização da cadeia produtiva de geração de energia a carvão mineral nacional. Rigotto sustentou que a iniciativa formalizada hoje é um passo importante para que os projetos apresentados pelas empresas Steag, CGTEE, Usitesc, Tractebel e CTSul "tornem-se realidade capaz de gerar não apenas energia, mas sobretudo mais emprego, renda e aumento da arrecadação dos estados".
Entre os principais argumentos para o incentivo ao uso do carvão está a redução da dependência de compra de energia de outros estados. Os estados querem manter parte das divisas remetidas para fora, como no caso do RS, que compra um terço de toda a energia que consome, embora detenha 89% das reservas nacionais de carvão.
O secretário de Minas e Energia do RS, Valdir Andres, disse que os projetos no Rio Grande do Sul gerariam cerca de 10 mil empregos diretos, durante a construção, e outros 2 mil permanentes, quando da operação das usinas", destacou. No total, os investimentos potenciais na área termelétrica superam os US$ 2 bilhões.