Brasília, 18/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - Em poucos anos, o Rio Grande do Sul deixará de ter analfabetos. A afirmação foi feita hoje pela ex-secretária de Educação do Estado, Lúcia Camine, em visita ao ministro da Educação, Cristovam Buarque, em Brasília. Segundo a ex-secretária, o problema de vagas no ensino fundamental é coisa do passado no Estado. Camine apresentou ao ministro as experiências vividas pela população nas áreas do ensino fundamental e médio, e na educação especial - uma das atuais preocupações do governo federal para ampliar o processo de inclusão social.

Atualmente, 6% da população adulta é analfabeta, contra os 8% encontrados no início do governo Olívio Dutra. Segundo a ex-secretária, sua gestão trabalhou com todas as modalidades de ensino, não esquecendo da educação indígena e respeitando a identidade dos povos. No ensino fundamental o Estado trabalhou com a qualificação geral da rede de ensino, atendendo a população que até então não tinha escola. No ensino médio cresce a demanda. Segundo Lúcia, o Rio Grande do Sul é um dos Estados que, em curto espaço de tempo, de acordo com a continuidade da expansão da Educação, pode resolver o problema do ensino médio, incluindo jovens e adultos.

Um dos projetos desenvolvidos pelo Estado foi a Educação no Campo, mais especialmente o ensino médio oferecido nos pequenos municípios e comunidades que não têm estrutura. Professores e prefeitura se uniram no projeto para que os alunos ficassem nas comunidades, sem precisar se deslocar. "Essa é uma proposta que, ao longo do tempo, poderá resolver o problema da oferta do ensino médio em todo o país" destacou Lúcia Carmine.