SUS vai abrir 50 leitos em clínica privada para desafogar hospital estadual da zona oeste do Rio

25/02/2012 - 14h14

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje (25) que serão abertos 50 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) em uma clínica privada da zona oeste do Rio de Janeiro, para desafogar o Hospital Estadual Albert Schweitzer, considerada a maior emergência da região. O ministro visitou hoje o hospital, para analisar as necessidades da unidade, que integra o programa S.O.S Emergências, do Ministério da Saúde.

O Albert Schweitzer é um dos 11 hospitais que estão recebendo verbas do Ministério da Saúde para melhorar seu serviço de emergência e para comprar equipamentos. A abertura dos 50 leitos no hospital privado, que se localiza a poucos metros de distância do hospital público, é uma das intervenções do programa federal.

Um dos problemas enfrentados pelo Hospital Albert Schweitzer é justamente a superlotação da emergência, que atende a cerca de 400 pessoas por dia. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a emergência tem apenas seis leitos, mas há normalmente outros 50 pacientes de emergência internados, que ficam em macas e outros tipos de cama.

“A previsão é que a abertura desses leitos seja feita ainda no primeiro semestre deste ano, para que os pacientes que estão hoje nos corredores [do Albert Schweitzer] continuem sendo atendidos pelas equipes do Albert Schweitzer, com os mesmos protocolos, mas num local mais adequado”, disse.

Padilha disse que o hospital privado, conhecido como Doutor Till, receberá um valor extra, por leito, para funcionar como retaguarda para o Albert Schweitzer. “Normalmente, o SUS paga R$ 150, em média, pela internação, por dia, de um paciente de urgência e emergência. Como ele vai ser um hospital de retaguarda para o S.O.S Emergências, como um incentivo para abrir esses leitos, vamos pagar R$ 300 em média”, disse.

Segundo o ministro, também será adotado um padrão de acompanhamento diário dos pacientes nos leitos, para se evitar que pacientes fiquem internados mais tempo do que o necessário, ocupando-se assim espaço que poderia ser usado por outras pessoas.

Ainda de acordo com o ministro, serão criados mais 43 leitos de tratamento intensivo, para se somar aos 25 leitos que já existem no hospital estadual. O Albert Schweitzer receberá neste ano mais de R$ 6 milhões para a realização dessas melhorias, por meio do programa S.O.S Emergências.

Edição: Fernando Fraga