Daniella Jinkings*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ainda não houve acordo para a retirada de mais feridos da cidade de Homs, no Centro da Síria. Na sexta-feira (24), durante uma trégua dos bombardeios ao bairro rebelde de Baba Amr, a Cruz Vermelha Internacional e o Crescente Vermelho Árabe conseguiram transportar 27 feridos e doentes para um hospital. Dois jornalistas estrangeiros feridos na quarta-feira (22) ainda não conseguiram sair do país.
Os bombardeios de sexta-feira e sábado (25) mataram 110 pessoas em Homs, a maioria civis. A situação no bairro rebelde de Baba Amr segue dramática. Falta comida, água, eletricidade e atendimento médico aos moradores bloqueados há 21 dias, desde que o regime lançou uma ofensiva destinada a massacrar a rebelião e membros do Exército Sírio Livre baseados no bairro.
A Cruz Vermelha Internacional e o Crescente Vermelho Árabe têm tentado negociar um cessar-fogo de duas horas por dia para retirar os feridos, mas as autoridades sírias rejeitam a trégua. Os dois jornalistas estrangeiros, um britânico e uma francesa, atingidos na quarta-feira no bombardeio que matou a jornalista americana Marie Colvin, 55 anos, e o fotojornalista francês Rémi Ochlik, 28 anos, ainda não puderam ser evacuados.
O Irã, principal aliado regional de Damasco, reafirmou hoje (25) sua oposição a uma intervenção militar na Síria. Teerã também negou estar enviando armas ao país vizinho.
O chanceler francês, Alain Juppé, propõe a criação de corredores humanitários. A comunidade internacional também não descarta a criação de zonas de segurança nas fronteiras do país. O porta-voz do Conselho Nacional Sírio, Basma Kodmani, sugeriu a abertura de passagens no Líbano, na Jordânia e Turquia.
Edição: Fernando Fraga // *Com informações da Rádio França Internacional (RFI)