Aeronautas e aeroviários fazem manifestação no Tom Jobim em defesa de reajuste salarial

01/12/2011 - 14h22

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Cerca de 150 aeronautas e aeroviários fizeram hoje (30) no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim/Galeão, zona norte da capital fluminense, uma manifestação com o objetivo de chamar a atenção da população para a campanha salarial da categoria. Pela manhã, o grupo caminhou por mais de 3 quilômetros pela avenida que dá acesso ao terminal, provocando um extenso engarrafamento. A manifestação foi pacífica, mas acompanhada de perto pela Polícia Militar.

A classe apresentou no mês de setembro uma pauta de reivindicação pedindo reajuste real de 10% do salário, além do aumento de 14% do piso. No entanto, as empresas de aviação apresentaram contraproposta de 3% de aumento salarial real e de reajuste do piso de aproximadamente 6%.

De acordo com o presidente da Federação Nacional de Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, o reajuste oferecido pelas empresas de aviação não agradou à categoria. Klafke não descartou uma greve, que atingiria a maioria dos aeroportos do país no período de festas de fim de ano.

Um mau tempo já é suficiente para o sistema ficar todo bagunçado, então, a gente sabe que, se for decidido fazer a greve, o Brasil vai parar. Não queremos fazer isso, mas estamos sendo empurrados pelas empresas aéreas para essa situação”, disse.

Alguns passageiros que aguardavam no saguão de embarque do aeroporto foram pegos de surpresa pela manifestação. O tabelião Frederico Marins, que aguardava no Terminal 2 do aeroporto, demonstrou preocupação com o período escolhido para realização de uma possível greve. “É a época do ano em que se viaja mais, são as férias das crianças, as férias de quem se programa no trabalho. Vai criar um grande transtorno para todo mundo.”

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou, por meio de sua assessoria, que pela manhã quatro voos foram cancelados e cinco estavam atrasados. No entanto, acrescentou que os problemas não tinham relação com a manifestação.

Edição: Juliana Andrade