Da Agência Brasil*
Brasília - A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, disse hoje (10) que continuará no poder até o dia das eleições no país, marcadas para 2 de fevereiro de 2014. A premiê deu a declaração depois da sua decisão de dissolver o Parlamento, com a intensificação das manifestações contrárias ao governo nas últimas semanas.
"Todos somos tailandeses, por que temos de prejudicar uns aos outros? Já recuei até aqui e não sei até onde posso retroceder mais. Querem que eu não volte a pisar em solo tailandês?", questionou Yingluck.
O Comitê Popular para a Reforma Democrática (PDRC, sigla em inglês), que organiza os protestos, voltou a pedir a saída da primeira-ministra nesta terça-feira. O comitê deu a ela um ultimato de 24 horas sob a ameaça de intensificar as mobilizações. "Se ceder, os protestos podem terminar. Se não, o PDRC decidirá o passo seguinte", informou o porta-voz do comitê, Akanat Promphan.
Ontem (9), milhares de pessoas marcharam pela capital tailandesa, Bangcoc, pedindo a renúncia da primeira-ministra e mudanças no modelo político do país. Os manifestantes exigem que um conselho popular não eleito assuma o poder e conduza as reformas no Estado para evitar a corrupção do que chamam regime de Thaksin – em referência ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão da atual premiê, exilado depois de ter sido acusado de corrupção e fraude pela Justiça.
Os opositores acreditam que a primeira-ministra sofre a influência do irmão e que o exílio foi aprovado por parlamentares como uma forma de livrá-lo da pena. O governo rejeita essa proposta de conselho popular por considerá-la antidemocrática.
*Com informações da Agência Lusa // Edição: Juliana Andrade
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