Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os sete jurados que compõem o conselho de sentença estão reunidos há quatro horas, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, para decidir se condenam ou não os 25 policiais pela morte de 52 detentos que ocupavam o terceiro pavimento do Pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção Carandiru.
Ontem (2), pela manhã, os promotores do caso resolveram pedir a absolvição dos réus por 21 das 73 mortes de detentos no terceiro pavimento, mas isso ainda deverá ser analisado pelos jurados.
Os jurados podem ter que responder a 7,3 mil questões: quatro perguntas para cada uma das 73 vítimas do massacre, multiplicado pelo número de réus. As perguntas se referem à materialidade, ou seja, questiona se houve crime; autoria (se o réu foi o autor do crime); absolvição e qualificadora (ações que podem ter agravado o crime).
Esta é a segunda etapa do julgamento. Na primeira delas, ocorrida em abril, 23 policiais militares, também todos da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), foram condenados pela morte de 13 detentos, ocorrida no segundo pavimento.
Edição: Aécio Amado
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