Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Pronto-Socorro da Santa Casa de São Paulo atende dois novos pacientes com pancreatite aguda por semana. Cerca de 20% dos casos são considerados graves, sendo que metade resulta em morte. De acordo com o professor da Faculdade de Ciências Médicas do hospital, Tércio de Campos, a cada 100 mil habitantes, 20 desenvolvem a pancreatite aguda por ano no estado de São Paulo.
O médico foi um dos palestrantes da 3ª Jornada do Departamento de Cirurgia da Santa Casa de São Paulo, que ocorreu nesta semana. O encontro reuniu médicos brasileiros e estrangeiros para discutir, durante quatro dias, vários temas da área.
A pancreatite aguda é uma inflamação no pâncreas e pode afetar outros órgãos, como rins, pulmões, e fígado. O pâncreas produz insulina e enzimas que ajudam na digestão dos alimentos. A doença é causada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou pela presença de pedras na vesícula.
“Isso provoca a inflamação do pâncreas e faz com que a pessoa tenha dores fortes que irradiam para as costas, além de vômitos. Se [o paciente] não procurar o médico rapidamente, pode agravar e comprometer outros órgãos”.
“Quem tem cálculos neste órgão [vesícula] deve procurar o médico para tirar as pedras ou mesmo verificar se há necessidade da retirada da vesícula”, acrescentou.
A preocupação é que não existe tratamento e remédio específicos para a pancreatite aguda. Na maioria dos casos, o procedimento é internar o paciente, deixá-lo em jejum e hidratar com soro e analgésicos na veia. “Em casos mais graves, [o paciente] pode precisar ir para a UTI [unidade de terapia intensiva], tomar antibióticos, [fazer] cirurgia e retirar um pedaço do pâncreas”, explicou o médico.
Edição: Carolina Pimentel
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