Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Informações divulgadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostramque os recursos públicos para a saúde destinados anualmente para cadabrasileiro são um dos mais baixos do mundo – mesmo entre os países dochamado “terceiro mundo”.Enquanto na Argentina são destinados US$ 362 para cada cidadão, e no Uruguai US$ 304, no Brasil a distribuição per capitaé de apenas US$ 140 – cerca de 10% do que é gasto anualmente porcidadão em países da Europa, no Japão e no Canadá em saúde pública.Estarealidade “comprometedora”, na avaliação da Fiocruz, convive,paradoxalmente, com uma outra realidade: o Brasil é um pólo depesquisas de ponta e também palco de políticas públicas exemplares –como no caso da distribuição gratuita de anti-retrovirais (medicamentospara tratamento da aids e de doenças oportunistas).Na avaliaçãodo presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em SaúdeColetiva (Abrasco), Paulo Gadelha, a grande luta por um sistema desaúde pública de qualidade no Brasil depende, além de recursosadicionais per capita para o cidadão, da troca de experiênciase do comprometimento de todas as partes envolvidas no setor. “Apresença de tantas autoridades e de pesquisadores no Rio de Janeiropossibilitará uma união de esforços no diagnóstico e na busca desoluções para os problemas locais e mundiais de saúde pública”,acredita.Entre as autoridades e especialistas presentes ao 11° Congresso Mundial de Saúde Pública, nesta semana no Rio, estarão- além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que abre o encontronesta segunda-feira (21) - o ministro da Saúde, Agenor Álvares, adiretora-geral da Organização Pan-americana de Saúde, Mirta Roses, osministros da Saúde, do Chile, Maria Soledad, da Bolívia, Nila Heredia,da Nicarágua, Margarita López, e do México, Julio Frenk.Osorganizadores confirmaram ainda a presença dos ministros brasileiros doDesenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e do MeioAmbiente, Marina Silva.