Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A prefeitura de Nova Friburgo, na região serrana do Rio, está em alerta máximo crítico, desde às 16 horas, devido à forte chuva e à previsão de mais pancadas nas próximas horas. Neste estágio de alerta, os moradores das áreas de risco devem se deslocar, de forma calma e sem pânico, para um ponto de apoio ou local que considerem seguro. A medida funciona como forma preventiva. O nível dos rios da região atingem quase 80% da capacidade de transbordamento.
De acordo com o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, que acompanha a situação da chuva na região serrana e interior do estado em um gabinete de crise instalado na Defesa Civil na Praça da Bandeira, "há um grande acumulado de chuva em Nova Friburgo e a população deve obedecer ao sistema de alarme das sirenes e seguir as orientações da Defesa Civil local".
Agora à noite, pouco depois das 19 h, a prefeitura de Friburgo voltou a acionar as sirenes instaladas em 35 localidades de risco da cidade.
Pela manhã, uma casa desabou na localidade de Três Irmãos, no bairro São Jorge, após um deslizamento de pedras e terra. Ninguém ficou ferido porque a área já estava isolada pela Defesa Civil local. Na parte da tarde, na mesma localidade, houve deslizamento de terra e pedras, atingindo dez casas, com duas pessoas feridas, sem gravidade. Devido aos deslizamentos, a Defesa Civil isolou dois quarteirões, abrangendo quase 40 casas.
Em Friburgo, a RJ 130 foi parcialmente interditada e a rua Souza Cardoso, na Vila Amélia, região central da cidade, está parcialmente interditada para ônibus, devido ao acúmulo de água.
De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o nível pluviométrico de Nova Friburgo é 78,73 milímetros por hora, indicando chuvas fortes para a noite no município.
Em Trajano de Moraes, também na região serrana, a situação é grave em consequência da chuva forte das últimas horas, com 12 desabamentos e cerca de 100 desabrigados. Há também um homem desaparecido, que teria sido arrastado pelo rio Imbé, que corta a cidade.
Em Santa Maria Madalena e Bom Jardim, também na serra, falta luz e água e chove muito na região.
Edição: Fábio Massalli