Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A ampliação do Instituto Nacional de Câncer (Inca) vai custar cerca de R$ 526 milhões. O custo da obra, que será iniciada em janeiro de 2013, ficou 15% além do orçamento apresentado no processo licitatório, cerca de R$ 455 milhões, segundo o coordenador de Administração-Geral do Inca, André Tadeu Sá.
A assinatura do contrato com a Schahin Engenharia, que vai construir o novo complexo em um terreno vizinho ao prédio-sede na Praça Cruz Vermelha, no centro, foi assinado no dia 5 de setembro.
“A licitação fechou em R$ 455 milhões. No entanto, o valor de referência que a gente usou é de julho de 2010. São tabelas que a gente usa, da Caixa Econômica, de órgãos especializados. Os órgãos de controle atuaram nessa licitação, então a gente teve que manter os valores de julho de 2010. Agora, na assinatura do contrato, a gente fez o reajuste pelo índice da Fundação Getulio Vargas e ficou em R$ 526 milhões, com a base de julho de 2012”, explicou Sá.
No ano passado, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) verificou indícios de sobrepreço na construção do complexo, o que obrigou o Inca a refazer sua proposta de edital de licitação, para se adequar às recomendações do órgão fiscalizador.
O novo complexo ficará no terreno do antigo Hospital do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj). A demolição começou no dia 29 de agosto e deve terminar até o final deste ano, três meses antes do prazo inicialmente previsto. As obras de construção deverão durar quatro anos.
Os novos prédios anexos abrigarão os setores de internação, ambulatório e pesquisa, agregando em um só espaço todos os hospitais do Inca, que hoje se espalham por três endereços da capital. O prédio-sede atual, na Praça da Cruz Vermelha, continuará sendo usado para fins administrativos e de ensino, entre outras funções.
Com o novo complexo, a capacidade de atendimento médico do Inca também será ampliada, com o aumento do número de leitos de internação de 360 para 438, e de leitos de tratamento intensivo de 34 para 57. Os novos prédios também vão permitir a ampliação da capacidade de pesquisas sobre o câncer.
Edição: Aécio Amado