Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os representantes dos servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) decidiram aceitar a proposta de reajuste oferecido pelo governo e assinaram hoje (27) acordo, concordando com o aumento salarial de 15,8%, escalonado em três anos, a partir de 2013. O termo ratifica o fim das negociações.
A categoria, em greve desde o dia 6 de agosto, reivindicava, além de melhorias salariais, a valorização do servidor público e da carreira. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Paulo Garrido, mesmo com o aumento inferior aos 22,08% reivindicados, a negociação foi bem sucedida.
“O acordo traz recuperação lógica da estrutura de carreira. O percentual oferecido vai fortalecer a carreira com a remuneração por titulação e gratificação por qualificação. Não é um ajuste linear, atende ao princípio da meritocracia e vai beneficiar os níveis intermediário e superior. O reajuste vai variar entre 12% e 18% no período”, disse Garrido.
O impacto orçamentário aos cofres públicos, com o reajuste oferecido aos funcionários da Fiocruz, ficará em R$ 128,5 milhões. A folha anual de pagamento é de R$ 750 milhões. Dados da Asfoc-SN informam que o último reajuste concedido à categoria ocorreu em 2009. Descontada a inflação, houve “desvalorização salarial de cerca de 20%”.
Devido à paralisação dos servidores, apenas os serviços essenciais, os atendimentos médicos e a produção de vacinas e medicamentos, obedecendo a regimes de plantão acordados com as diversas unidades da fundação, foram mantidos no período.
Com o acordo assinado, subiu para três o número de categorias que aceitaram a proposta do governo. Além da Fiocruz, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos técnicos-administrativos universitários, também aceitaram a proposta do governo.
Os sindicatos têm até amanhã (28) para comunicar o governo sobre a decisão das bases. Quem não assinar o acordo não terá aumento nos contra-cheques de 2013.
Edição: Lana Cristina