Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Onze dias depois de 34 mineiros serem mortos por policiais no Noroeste da África do Sul, os trabalhadores retomaram hoje (27) as atividades. Antes do embate com os policiais, os mineiros estavam em greve, em defesa do reajuste dos salários e de melhores condições de trabalho. O conflito na região de Marikana foi considerado o mais grave desde o fim do apartheid (regime de segregação racial), em 1994.
O incidente gerou críticas e polêmica no país e no exterior. Em comunicado, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) destacou os avanços sociais registrados no país desde que acabou o apartheid. Para Martin Hahn, especialista em mineração da OIT, é fundamental garantir mais segurança aos trabalhadores do setor.
Os trabalhadores são lotados na Mina de Marikana, de platina, uma das mais importantes do país. Os mineiros disseram que os 11 dias de paralisação não geraram efeitos práticos. Segundo eles, a maioria dos trabalhadores tem contrato temporário. O acesso à mina estava hoje controlado por seguranças armados.
De acordo com a OIT, a indústria de mineração aumenta, nos últimos anos, na África do Sul. Em 2008, 2,7% da população economicamente ativa estavam empregados no setor. A organização reconhece que o governo
sul-africano adotou uma série de medidas para melhorar as condições de trabalho na mineração, reduzindo de 774 mortes, em 1984, para 128, em 2010.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Graça Adjuto