Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O comprometimento dos governos e da sociedade com a eficiência energética e os investimentos em energia sustentável estão entre os resultado mais esperados da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O evento, que começa hoje (13) no Rio de Janeiro e segue até o dia 22, deve definir objetivos que servirão de norte para que os países migrem em direção a um novo modelo de desenvolvimento, baseado tanto na dimensão econômica, quanto na social e ambiental.
A adoção desse modelo de desenvolvimento sustentável foi sinalizada, em 1992, quando vários países se comprometeram a reverter o processo de degradação ambiental que já estava estabelecido como ameaça, durante a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92). O padrão incluia a revisão de vários setores econômicos.
Apesar disso, ainda hoje, 20 anos depois da Rio92, números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que uma em cada cinco pessoas no planeta ainda não tem acesso à eletricidade - ou seja, 1,3 bilhão de pessoas.
Projeções do Departamento de Informações da ONU apontam que se o investimento global em infraestrutura energética aumentar 3%, é possível garantir que todos tenham acesso à energia. O que se espera com a Rio+20 é que os governos de todos os países invistam mais em energias limpas.
Em 2011, os investimentos nesse tipo de energia, desconsiderando os gastos em pesquisa e desenvolvimento, foram 600% maiores do que em 2004. Especialistas garantem que a energia limpa, como a gerada por usinas solares, é acessível, barata e mais eficiente.
Exemplos mostrados pela própria ONU garantem que a melhoria dos resultados é viável. Em Botsuana, país da África Austral, as usinas de energia solar substituiram a madeira que era usada por 80% da população rural para iluminação e geração de energia.
Na Tunísia, o desenvolvimento de energia renovável para a redução da dependência energética do petróleo e gás significou uma economia de US$ 1,1 bilhão entre 2005 e 2008. A expectativa é que essa economia chegue a 22% em 2016, com a redução de 1,3 milhão de toneladas por ano na emissão de dióxido de carbono.
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Edição: Graça Adjuto