Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, rechaçou ontem (30) a insinuação dos guerrilheiros das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) de que os assassinatos dos quatro militares, há cinco dias, foram provocados pelas ações do governo no combate aos grupos criminosos. Para Santos, as Farc atuaram de forma “covarde”. A estimativa é que as Farc mantenham em seu poder mais de 8 mil reféns.
As informações são da Presidência da Colômbia. "No último sábado [26], quatro pessoas foram assassinadas a sangue frio. As Farc não poderiam ter sido mais covardes”, disse o presidente. “Agora, eles [os guerrilheiros] dizem que lamentam. Essa afirmação merece um lugar de honra na parede da infâmia e crueldade."
Santos disse ainda que a população da Colômbia conhece a atuação das Farc sequestrando, assassinando e cometendo crimes diversos no país. Segundo ele, o governo com o apoio das Forças Armadas vão intensificar o combate aos grupos criminosos no país: "[Vamos combater] com toda a força, com força total e incansavelmente".
Integrantes das Farc mataram no último sábado (26) quatro reféns com tiros na cabeça, sendo que um deles foi atingido nas costas. As execuções ocorreram durante uma operação de resgate. As vítimas foram mortas na região de Curillo, no departamento de Caquetá.
Os assassinatos ocorreram três semanas depois da morte do líder das Farc, Alfonso Cano. Os corpos localizados na selva eram dos policiais Elkin Rivas e Edgar Duarte, ambos sequestrados em 1998, e Alvaro Moreno, capturado em 1999, além do sargento do Exército José Martinez, que estava sob poder das Farc desde 1997.
Edição: Lílian Beraldo