Educação e saúde mostram expansão no país

05/11/2011 - 19h33

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
 
Rio de Janeiro - O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado hoje (5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), revela expansão de 2,6% na área de educação em 2009, em relação a 2008, entre os 5.565 municípios brasileiros. Esse crescimento se deve, principalmente, às melhores notas da edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2009.

"Em 2009, os municípios brasileiros alcançaram a média estipulada pelo Ministério da Educação para 2011”, disse à Agência Brasil o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês. Pela primeira vez, os municípios de Dolcinópolis e Oscar Bressane, ambos situados em São Paulo, obtiveram a nota máxima nessa variável. O pior resultado ficou com Piraí do Norte (BA). No ranking dos 100 melhores municípios brasileiros em educação, 98% são paulistas.

Mercês lembrou, contudo, que em comparação aos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ainda permanece em posição desfavorável no campo da educação. Ele indicou a necessidade de mais ações governamentais nessa área. “Se até a década de 2000, a discussão era colocar as crianças na escola,  hoje o grande desafio é  a qualidade da educação fornecida às crianças brasileiras”.

Em termos de saúde,  o aumento apurado pelo IFDM para o Brasil atingiu 0,9% em 2009, concedendo a essa vertente a posição de alto desenvolvimento. Guilherme Mercês chamou a atenção para o fato de que o índice mede a atenção básica de saúde, que é de competência constitucional dos municípios.

"Não está medindo aí o atendimento de alta complexidade, por exemplo. Na saúde, a gente percebe que a evolução anda em ritmo mais lento, principalmente nas cidades menos favorecidas. A gente está falando de saúde básica: atendimento a gestantes e crianças, por exemplo”.

Os municípios gaúchos mantiveram pelo quinto ano consecutivo a liderança no IFDM Saúde. Entre os 500 melhores municípios do país nessa vertente, 165 estão no Rio Grande do Sul, com destaque também para o Paraná (118 cidades) e São Paulo (95).

Três cidades atingiram a nota máxima no ranking de saúde: Lobato e Rancho Alegre d’Oeste, ambos no Paraná,  e Santo Antonio do Palma (RS). O menor índice ficou com o município de Nhamunda (AM). O IFDM Saúde, que destaca o aumento do número de cidades de alto desenvolvimento no setor, subiu de 17,2% em 2000 para 50,1% em 2009.

O estudo da Firjan mostra ainda que todos os estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal, alcançaram alto grau de desenvolvimento na área de saúde. O ranking por estados foi liderado pelo Paraná, seguido de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

Edição: Graça Adjuto