Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A meta de exportações do Brasil para este ano será mantida, declarou hoje (1º) a secretária de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres. “Está mantida oficialmente a meta de US$ 257 bilhões. É possível que o número seja superior, mas não faremos revisão da previsão”, disse Tatiana ao dar entrevista para detalhar o resultado da balança comercial divulgado na manhã desta terça-feira.
No mês passado, em viagem à África do Sul, o ministro da pasta, Fernando Pimentel, havia dito que a meta poderia ser revista pela terceira vez no ano, caso os números da balança comercial mantivessem o ritmo de crescimento do ano em relação a 2010. A projeção de embarques externos anunciada no início do ano era US$ 228 bilhões, mas já havia sido elevada para US$ 245 bilhões. Depois, em agosto, a meta foi revisada para os atuais US$ 257 bilhões.
No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 212 bilhões. Segundo o MDIC, mesmo sem estar com o resultado fechado, o valor supera todas as vendas externas feitas entre janeiro e dezembro, desde o início da série histórica. No mês de outubro, o saldo comercial foi superavitário em US$ 2,355 bilhões, valor 28,9% superior ao registrado no mesmo mês de 2010, quando foi registrado o superávit de US$ 1,827 bilhão. “Se o ano tivesse sido encerrado ontem, teríamos superado os resultados de anos fechados de todos os anos da história”, observou Tatiana.
De janeiro a outubro, o superávit comercial totalizou US$ 25,390 bilhões. O valor é 74,8% superior ao registrado em equivalente período do ano passado, quando ficou em US$ 14,522 bilhões.
Segundo a secretária, os números positivos provam que a instabilidade financeira mundial não prejudicou as exportações brasileiras. “A crise ainda não atingiu o comércio exterior do Brasil. Houve uma ligeira desaceleração para a União Européia, mas houve crescimento para outros países que compensaram essa redução. As exportações brasileiras cresceram quase 30% em outubro, o que confirma nossa percepção de que o comércio exterior brasileiro não sente os efeitos da crise internacional”, concluiu.
Edição: Lana Cristina