Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os líderes da União Africana convocaram uma reunião extraordinária com o objetivo de arrecadar recursos para a Somália. O país passa pela pior crise de seca e fome dos últimos anos, que é responsável pela ameaça de morte de 3,2 milhões de pessoas - principalmente crianças e idosos. "Está na balança o futuro de uma geração inteira", disse a secretária-geral adjunta da União Africana, Asha-Rose Migiro.
Para Asha-Rose Migiro, a fome afeta vários setores, incluindo a saúde pública, pois gera doenças como o cólera e o sarampo. "Devemos fazer de tudo para assegurar que as comunidades afetadas tenham água potável, medicamentos e material de higiene suficientes.”
A secretária-geral adjunta da União Africana lembrou ainda que na Somália as mulheres sofrem constantemente ameaças de estupro em “campos superlotados” que se destinam aos refugiados. Segundo ela, também há casos de crianças que se perdem das mães e ficam desamparadas. Paralelamente, a falta de segurança leva aos ataques frequentes de “grupos armados e bandidos”.
Asha-Rose Migiro apelou para que o Governo Federal de Transição, que atua na Somália, mantenha-se vigilante em relação aos conflitos entre as facções rivais. Segundo ela, a comunidade internacional deve ampliar o suporte ao governo de transição. A secretária-geral também sugeriu que sejam intensificados os esforços em busca da sustentabilidade de longo prazo.
O governo provisório da Somália conta com o apoio de uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) na região. As informações são da ONU.
Edição: Juliana Andrade