Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A 15 dias do segundo turno das eleições presidenciais no Peru, a candidata da coligação Fuerza 2011 Keiko Fujimori, de 35 anos, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), tem 51,4% das intenções de voto contra o adversário apontado como de esquerda, o militar da reserva da aliança Ganha Peru Ollanta Humala, de 47 anos, que obteve 48,6%. Os dados são do Instituto de Pesquisas Ipsos Apoyo, que divulgou ontem (22) os resultados.
Nas votações do primeiro turno, em abril, Humala venceu com 31,8% dos votos e Keiko obteve 22,8%. No próximo dia 5, aproximadamente 1,8 milhão de eleitores irão às urnas. Durante toda a campanha eleitoral, Humala liderou as pesquisas de intenção de voto. Mas, nos últimos dias, a filha de Fujimori tem avançado, segundo as pesquisas de opinião, e obtido vantagem em relação ao adversário.
Em geral, Keiko usa parte do tempo de campanha para defender seu pai. Fujimori é acusado de corrupção, desvio de verba pública e violação de direitos humanos. Porém, os simpatizantes da família Fujimori elogiam os esforços do ex-presidente para o desenvolvimento econômico e estímulo à produção agrícola.
Humala foi candidato em 2006 e perdeu as eleições para o atual presidente do Peru, Alan García. Determinado a vencer as eleições, o candidato busca aproximar-se de todos os segmentos da sociedade. A iniciativa o favoreceu na primeira etapa das eleições no Peru.
O novo governo do Peru assumirá um país que registrou crescimento econômico médio de 8% ao ano, mas enfrenta turbulências no cenário nacional e tensões com alguns vizinhos, como os chilenos, por causa de controvérsias territoriais. Internamente, há conflitos entre indígenas e policiais.
Em 2010, o comércio bilateral envolveu US$ 565,85 milhões, com superávit favorável ao Brasil de US$ 178,098 milhões. O comércio entre os dois países é baseado na exportação automóveis, maquinários, peças de reposição de veículos e alguns produtos industrializados. A importação está concentrada nos minérios.
Em abril, quando houve o primeiro turno das eleições presidenciais, também foram escolhidos os titulares das 130 cadeiras do Congresso Nacional, além dos 15 membros do Parlamento Andino – dos quais cinco serão titulares e dez, suplentes.
Edição: Talita Cavalcante