Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Candidata à Presidência da República do Peru, Keiko Fujimori, de 35 anos, "jurou por Deus" que, se eleita, não irá conceder o perdão ou aliviar a pena do pai, Alberto Fujimori. Ele cumpre pena de 25 anos de prisão por uma série de denúncias relacionadas à violação de direitos humanos.
Internamente, a plataforma política de Keiko é constantemente comparada à do pai dela com semelhanças em áreas como o combate às ações terroristas e a ajuda aos agricultores.
As informações são da rede multiestatal Telesur, sediada em Caracas, na Venezuela. "Eu tenho repetido várias vezes que não é minha intenção nem da família conceder o perdão a Alberto Fujimori, como já disse em várias ocasiões”, afirmou Keiko.
Em 5 de junho, ela enfrentará, nas urnas, o candidato da esquerda, Ollanta Humala. No primeiro turno das eleições, Humala saiu na frente com 62% dos votos. As eleições no Peru são consideradas emblemáticas porque há dois candidatos antagônicos na disputa – Keiko, que defende propostas conservadoras, e Humala, mais à esquerda.
Ao ser perguntada sobre os crimes atribuídos ao pai, como violação de direitos humanos, corrupção e desvio de verbas públicas, Keiko costuma repetir que é favorável que ele pague pelos erros que cometeu. "Eu condeno os erros que ocorreram no governo do meu pai e saúdo os atos positivos, penso que deveríamos olhar para o passado objetivamente, mas sem rancor", disse.
No ano passado, o ex-presidente Fujimori (1990 a 2000) foi condenado a 25 anos de prisão por ter planejado a morte de 25 pessoas em dois massacres ocorridos durante ações de combate ao grupo guerrilheiro Sendero Luminoso.
Edição: Juliana Andrade