Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Economistas apontam que haverá um novo aumento da taxa básica de juros, a Selic, amanhã (20), quando termina a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). As estimativas têm ficado entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano.
Para a economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli, esse, que é o terceiro aumento da Selic no ano, pode encerrar o ciclo de altas dos juros. Ela acredita que o Copom elevará a taxa para 12,25% ao ano e, depois, virá um período de observação por parte do BC sobre a reação da atividade econômica e da inflação em relação às medidas de aumento dos juros, de contingenciamento de gastos públicos e de redução do crédito.
A economista disse ter a impressão de que o BC vai aguardar os efeitos das medidas na desaceleração da economia, antes de acentuar sua atuação. Para ela, um novo ciclo de aperto monetário só deverá ocorrer no final deste ano ou no início do próximo.
Para o presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), seccional de São Paulo, Keyler Carvalho Rocha, a elevação de 0,5 ponto percentual é necessária para conter a inflação, que alcançou 6,30% nos últimos 12 meses e ameaça ultrapassar o teto da meta, de 6,5%.
Mas, apesar da alta da inflação, que persiste nos últimos dois meses, alguns analistas financeiros dizem que o aperto monetário não precisa ser tão forte. É o caso do professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, para quem o aumento da taxa básica de juros pode ficar entre 0,25 e 0,5 ponto percentual.
Edição: Lana Cristina