Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Por unanimidade, o plenário da Câmara Municipal de Campinas aprovou na noite de hoje (23) a instalação de uma Comissão Processante para apurar denúncias de fraudes em licitações e superfaturamento de preços em contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), empresa de saneamento de economia mista controlada pela prefeitura.
A instalação da comissão ocorre três dias depois de o Ministério Público Estadual e a Corregedoria da Polícia Civil deflagrarem uma operação que atingiu funcionários importantes da prefeitura campineira. Vinte mandados de prisão foram expedidos, entre eles, do vice-prefeito Demétrio Vilagra e de dois secretários municipais, Carlos Henrique Pinto, da Segurança Pública, e Francisco de Lagos, das Comunicações.
Onze pessoas estão presas temporariamente na carceragem do 2º Departamento da Polícia da cidade. O vice-prefeito e os secretários municipais ainda não se apresentaram à polícia e são considerados foragidos.
O presidente da Câmara, Pedro Serafim, deverá agora citar o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) sobre a decisão. Em seguida, o processo será considerado instaurado, com prazo de 90 dias para ser concluído. Ao término do período, os vereadores votarão o relatório da comissão, que poderá pedir o impeachment do prefeito.
Edição: Aécio Amado