Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Feirão da Casa Própria no Rio de Janeiro contabilizou, até o meio da tarde de hoje (22), 7.663 negócios fechados, no valor total de R$ 1,045 bilhão. “A gente está dentro da expectativa. Esperamos chegar a R$ 1,2 bilhão [no fechamento do evento]. Estamos muito satisfeitos com os resultados do feirão até agora”, comemorou Nelma Souza Tavares, superintendente regional da Caixa Econômica no Rio.
Desde a última sexta-feira (20), mais de 48 mil imóveis novos e usados em vários pontos do estado foram ofertados, por valores entre R$ 50 mil e R$ 3 milhões, pelas construtoras e incorporadoras presentes no pavilhão do Riocentro, na zona oeste do Rio. Do total, 32 mil imóveis estavam dentro do perfil do programa Minha Casa, Minha Vida, o que, segundo Nelma, explica os bons resultados do feirão. O programa se destina às famílias com renda mensal até dez salários mínimos.
“Um dos estandes, por exemplo, estava oferecendo apartamentos de dois quartos por R$ 76 mil. A qualquer hora que você passava por lá via o estande cheio. Para esse, nicho a oferta foi muito grande”, afirmou. A superintendente avaliou que, depois de dois anos de programa, as pessoas estão cada dia mais informadas sobre a possibilidade de financiamento e as vantagens desse tipo de aquisição.
Nos três dias de feirão no Rio de Janeiro, pelo 61 mil pessoas passaram pelo Riocentro. Muita gente procurava segurança na transação, como o motorista Alan de Jesus e a administradora Lucimara Conrado, que estão pensando em casar, mas querem antes ter a casa própria. “Aqui você tem a certeza de que o imóvel vai ser construído porque a Caixa está por trás. Antes não tinha isso e a gente ficava receoso de comprar um imóvel que ainda não estava construído”, disse o motorista.
Mas nem eles nem a professora Zélia Oliveira conseguiram fazer parte do grupo de pessoas que conseguiram fechar negócio. Para a professora, o valor dos imóveis no Rio está muito além de suas possibilidades.
“Para mim, não está tendo vantagem alguma. São os mesmo valores que a gente encontra nos classificados. Hoje pago aluguel e estou sem condições de comprar. Os imóveis no Rio de Janeiro estão caríssimos. Você economiza, economiza, e quando vê [o imóvel que pretende comprar] não cabe no bolso”, lamentou Zélia.