Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente eleito do Haiti, Michel Martelly, de 50 anos, toma posse amanhã (14). Pela frente, Martelly tem o desafio da reconstruir um dos países mais pobres do mundo, que teve a situação agravada depois do terremoto de 12 janeiro de 2010 que matou cerca de 200 mil pessoas, e que vive ainda sob a epidemia de cólera. As informações são da agência pública portuguesa, a Lusa.
Martelly cujo apelido é Sweet Micky, ou Doce Micky, construiu uma carreira artística como cantor popular. Durante a campanha, ele demonstrou a intenção de não só reconstruir o Haiti como também buscar a consolidação das instituições públicas do país e a execução de programas sociais, que estimulem a geração de emprego – um dos principais problemas da sociedade haitiana.
Às vésperas da cerimônia de posse do presidente, a capital do Haiti, Porto Príncipe, passou por uma faxina: as ruas foram varridas e as fachadas de alguns prédios públicos e privados pintadas. Porém, muitos haitianos ainda vivem de forma provisória em alojamentos, depois de perderem as casas por causa do terremoto.
Martelly prometeu, durante a campanha, recuperar a economia, promover a geração de emprego e renda, assim como melhorar os sistemas de infraestrutura e serviços básicos, como a educação e a saúde. Sem experiência política, ele ganhou as eleições na disputa com a ex-primeira-dama Mirlande Manigat.
O novo presidente vai suceder René Préval. O atual presidente teve dois mandatos e foi também primeiro-ministro. Préval enfrentou o momento mais grave da história do Haiti dos últimos 50 anos em decorrência do terremoto e dos problemas que se seguiram. Paralelamente, o país enfrenta os problemas causados pelas gangues, que ocupam áreas estratégicas da capital, e a falta de emprego, que também acentua a violência.
Edição: Lílian Beraldo