Polícia mexicana encontra 15 corpos decapitados na cidade litorânea de Acapulco

09/01/2011 - 19h18

Da BBC Brasil

Brasília – A polícia mexicana encontrou 15 corpos decapitados na cidade litorânea de Acapulco, no Sul do país. As vítimas eram jovens entre 15 e 25 anos e estavam atrás de um shopping center. Segundo as autoridades, os corpos foram deixados ali por membros de um cartel de drogas que luta pelo controle do tráfico na região.

Mais de 300 mil pessoas foram mortas no país desde 2006 em episódios violência ligados ao narcotráfico. Policiais afirmaram que descobriram os corpos ao irem ao local para atender um chamado de um carro que estaria pegando fogo. Ao chegar nos arredores do shoppnig Acapulcos’s Plaza, eles encontraram outros veículos abandonados e os jovens decapitados.

De acordo com a imprensa local, ao lado dos corpos foram encontradas mensagens assinadas por Joaquin ‘El Chapo’ Guzmán, líder do cartel Sinaloa e um dos traficantes mais procurados do México. Nos bilhetes, haviam frases ameaçando grupos rivais ao Sinaloa.

Acapulco é uma das áreas do México onde o tráfico de drogas é controlado pelo cartel La Família Michoacana, um dos mais violentos do país.

O repórter da BBC no país Julian Miglierini afirma que a cidade, que se tornou um destino turístico popular nos anos 1970 e 1980, tem presenciado um crescimento acentuado de crimes ligados aos cartéis.

Segundo Miglierini, enquanto o governo insiste em afirmar que a cidade continua um local seguro para turistas, muitos temem que a reputação de Acapulco já esteja totalmente destruída pela violência.

O presidente do México, Felipe Calderón, afirma que sua estratégia de colocar milhares de soldados para combater os cartéis de drogas vem dando resultado e, assim, reduzindo a influência dos traficantes.

No entanto, críticos do presidente afirmam que os cartéis estão, na verdade, se tornando mais violentos e que não houve redução no envio de cocaína e de outras drogas para os Estados Unidos. Os corpos dos jovens foram encontrados ontem (9) e as investigações ainda não confirmaram a tese levantada de que o crime tenha ligação aos cartéis de drogas.