Da Agência Brasil
Brasília - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deu início hoje (6) à formalização das parcerias com pesquisadores africanos para desenvolvimento de estudos voltados ao setor agrícola. A ideia da Platoforma África-Brasil de Inovação Agropecuária (lançado como programa de governo em maio deste ano) é a troca de experiências entre pesquisadores do Brasil e da África, formando núcleos que aqueçam o setor agrícola a partir de estudos.
Cerca de 120 pesquisadores de 14 países que fazem parte dessa iniciativa estão em Brasília participando de um fórum que segue até amanhã (6).
Na abertura do evento, os estudiosos que tiveram projetos aprovados receberam a primeira parte dos recursos destinados às pesquisas. Foram entregues sete cheques aos selecionados no programa. Os valores foram estabelecidos de acordo com a relevância dos projetos e sua abrangência. Durante o encontro, os pesquisadores discutirão a divisão das tarefas e as formas de colaborar na implementação das iniciativas apresentadas.
Para o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, a ideia é trazer inovações ao setor agrícola. "A Plataforma é uma maneira de unir pesquisadores brasileiros e africanos bem conceituados trazendo estudos que ajudem o desenvolvendo do setor agrícola. Por ser um projeto novo, esperamos que dentro de um ano e meio possamos ser capazes de avaliar os resultados”, explica.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, destacou a importância do projeto como forma de estreitar relações com países africanos e de resgatar uma dívida histórica.
“Além de aquecer a produção científica, temos a oportunidade de mostrar que o mesmo povo que antes era visto apenas como elemento de produção barata [negros escravizados que eram trazidos ao Brasil], hoje produz conhecimento, gera desenvolvendo, e é capaz de reescrever a história com experiências de sucesso”, conclui.
Além do ministro da Agricultura, participaram da abertura do evento representantes do Banco Mundial, do Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Agricultura (Ifad) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
Edição: Lílian Beraldo