Jogo do Brasil altera pouco a rotina paulistana

20/06/2010 - 15h05

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Não fosse pelas insistentes cornetas e por alguns poucos fogos de artifício, a disputa entre Brasil e Costa do Marfim teria provocado poucas mudanças na rotina do paulistano. Por acontecer em um domingo, o movimento nas estações de metrô, trens e nos pontos de ônibus foi tranquilo, mesmo com a SPTrans, o Metrô e a CPTM mantendo o esquema utilizado em outros finais de semana.

No Vale do Anhagabau, os interessados em assistir à partida por meio dos três telões de alta definição montados pela prefeitura e pela iniciativa privada chegaram cedo, aproveitando o dia de sol, com temperatura em torno dos 25 graus Celsius (ºC). Duas horas antes do começo da partida, uma grande quantidade de pessoas já se aglomerava na área reservada ao evento.

"A gente ia ver o jogo em casa, sozinhos, mas quando ficamos sabendo que ia ter isso aqui, de graça, decidimos vir dar um passeio", disse o auxiliar de serviços gerais Osmarino de Jesus, que veio de Itapevi para assistir ao jogo com a namorada, mas pretendia deixar o local antes do fim da partida. "É mais tranquilo para voltar pra casa", concluiu.

A expectativa da Polícia Militar é de que ao menos 30 mil pessoas compareçam ao Vale do Anhagabaú. A segurança do evento, que será encerrado com um show do grupo Fundo de Quintal, será feita por 300 policiais militares e metropolitanos e cerca de 200 seguranças particulares.

Houve também quem optasse por não assistir ao jogo. Caso do estudante Luís Henrique da Conceição. Uma hora antes do jogo ele aguardava na Estação da Sé pelo metrô com destino à Avenida Paulista, onde se encontraria com uma turma de amigos. "Vamos aproveitar a calçada vazia para andarmos de skate. A esta hora, mesmo aos domingos, costuma ser difícil manobrar [praticar o esporte] lá".

Já o taxista Paulo Prado da Silva decidiu trabalhar durante o jogo. Com uma televisão instalada no painel do carro, ele espera por possíveis passageiros em um ponto de táxi de Perdizes. "Sempre tem alguém precisando sair por causa de um compromisso, para viajar, ir a um hospital. E a concorrência é menor, já que tem menos táxis rodando. Aqui eu vejo o jogo e ainda posso ganhar mais algum [dinheiro]".
 

 

Edição: Rivadavia Severo