Em clima de festa, transporte público leva torcedor a estádio da Copa em 30 minutos

20/06/2010 - 17h46

Vinicius Konchinski
Enviado especial

Joanesburgo – Os congestionamentos quilométricos a caminho dos estádios da Copa do Mundo são um dos maiores problemas enfrentados por motoristas no Mundial da África do Sul. Nas cidades sul-africanas, entretanto, quem opta pelo transporte público para ir até os locais de jogos passa longe das dificuldades. Faz, na verdade, uma viagem rápida, confortável e divertida.

Esta é a constatação de um teste feito hoje (20) pela equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em Joanesburgo. Cerca de três horas antes do início da partida entre Brasil e Costa do Marfim, duas equipes de reportagem partiram do centro da cidade para ir ao Soccer City, cada uma usando um meio de transporte público diferente: uma, o trem; e outra, o ônibus.

Em ambos os casos, a viagem custou 6 rands (R$ 1,40). Nos dois meios de transporte, o deslocamento durou cerca de meia hora.

O trem direto com destino ao estádio partiu às 17h locais (12h no horário de Brasília) da Park Station. Chegou à estação localizada na área do Soccer City às 17h31, 31 minutos de viagem.

Já o ônibus da linha Rea Vaya, construída especialmente para a Copa, foi dois minutos mais rápido. Partiu de um ponto a poucos metros da Park Station às 17h16 (12h16 no horário de Brasília). Fez a sua última parada com destino ao estádio às 17h45.

Durante o trajeto, torcedores que escolheram qualquer um dos dois meios de transporte público desfrutaram de uma viagem agradável. Apesar de parte dos passageiros ter ficado em pé, tanto os vagões do trem quanto o ônibus acomodavam tranquilamente os seus usuários.

Havia espaço até para festa. Torcedores brasileiros e mesmo turistas que torcem para o Brasil no Mundial cantaram e tocaram instrumentos durante todos os 30 minutos do trajeto. No ônibus da Rea Vaya, foi o motorista quem puxou as músicas de apoio à seleção.

O conforto e a animação foram tantos que passageiros deixaram o transporte público prometendo voltar. “O trem é mais fácil e não pega trânsito”, disse o brasileiro Thiago Lopes, um dos que optaram pelo transporte sobre trilhos.

Já Eduardo Pascoal, que foi de ônibus, gostou do baixo custo e da festa. “Economizo tempo, dinheiro e ainda venho curtindo com meus amigos”.

 

Edição: Rivadavia Severo