Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os cariocas não gostaram do 2 a 1 da seleção brasileira sobre o time da Coreia do Norte. Na Cinelândia, um dos locais de concentração de torcedores no centro do Rio, muita gente sofreu e vibrou com o jogo mostrado em telões, nos bares e restaurantes. No fim do primeiro tempo, o time de Dunga chegou a ser vaiado pela torcida, que assistia a partida em volta das mesas, entre um chopinho e um petisco.
A tensão acabou aos nove minutos da etapa final, quando Maicon chutou uma bola cruzada e abriu o placar. Com o resultado a favor, o time do Brasil começou a tocar melhor a bola e ameaçou mais vezes o goleiro norte-coreano, para o delírio do público, que explodiu mais uma vez de alegria aos 26 minutos do segundo tempo, com mais um gol, desta vez de Elano.
Embora a partida estivesse dominada pelo Brasil, foi a Coreia do Norte que marcou, aos 43 minutos, silenciando a torcida brasileira, que só soltou o grito de vitória com o apito final do juiz. Apesar da vitória, o resultado não agradou aos torcedores, que desejavam um placar mais amplo sobre o time asiático.
“Foi um jogo médio e uma apresentação fraca. Faltou ousadia do Dunga na escalação. O Kaká teve uma atuação discreta. Todo mundo esperava mais dele. A entrada do Nilmar deu mais mobilidade no ataque”, disse o escriturário Sandro Rogério Dias Xavier, que afirmou não ter esperanças de que o Brasil chegue à final.
“O jogo foi fraquíssimo, a seleção jogou muito mal. Jogaram muito amarrado, sem criatividade nenhuma. Vai ser difícil chegarem até a final”, disse o jornaleiro Adriano Muller.
Apesar do desapontamento da maioria com o seleção, houve quem gostou do resultado. “O Brasil ganhando sempre é ótimo. Mas faltaram jogadores mais antigos, como Ronaldinho Gaúcho, para jogar com o Robinho. Está faltando um pouco de liderança em campo, mas Dunga é forte e vai endireitar isso”, afirmou o contabilista Carlos Genaro.
O próximo jogo do Brasil será no próximo domingo (20), às 15h30, contra a seleção da Costa do Marfim.
Edição: Aécio Amado