Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A queda na inadimplência dos empréstimos para pessoas físicas deve contribuir para que as taxas de juros não subam muito, segundo avaliou hoje (26) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes. Em abril, a taxa de inadimplência para pessoas físicas ficou em 6,8%, a mais baixa desde dezembro 2005 (6,7%). O BC considera inadimplência atrasos superiores a 90 dias.

“A expectativa é que a inadimplência continue a cair, já que o quadro de renda e emprego favorece isso”, disse Lopes. Ele acrescentou que a taxa as pessoas jurídicas já é considera baixa. Em abril, o total de empresas inadimplente ficou estável em relação a março (3,6%), mesmo assim ainda é possível haver redução.

O custo de captação dos bancos aumentou com a expectativa de continuidade da elevação da taxa básica de juros, a Selic.

“Com a inadimplência em queda, o spread [diferença entre a taxa de captação e cobrada do tomador final do crédito] tende a cair, compensando eventual elevação do custo de captação. Isso deve fazer com que a taxa de juros não suba tanto”, disse Lopes.

Em abril, a taxa de juros cobrada das pessoas físicas teve leve alta em relação a março de 0,1 ponto percentual, passando para 41,1% ao ano. Para as empresas, a taxa permaneceu em 26,3% ao ano.

Nos dados preliminares de maio, até o dia 13, houve aumento de 0,5 ponto percentual na taxa média de juros cobrada das pessoas físicas (41,6% ao ano). Para as empresas, a elevação também foi de 0,5 ponto percentual para 26,8% ao ano.

Edição: Tereza Barbosa