Mapeamento dos corpos de desaparecidos do Araguaia termina nesta semana

25/05/2010 - 20h12

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O grupo criado pelo Ministério da Defesa para mapear a localização dos corpos de pessoas desaparecidas durante a Guerrilha do Araguaia termina seu trabalho nesta sexta-feira.

O mapeamento e o reconhecimento de novas áreas apontadas por informantes como prováveis locais onde os corpos dos desaparecidos teriam sido enterrados começou em 9 de abril. Conduzidas por profissionais de antropologia forense e de geofísica, as pesquisas ocorrem em regiões do Pará e de Tocantins onde viviam os guerrilheiros nos anos 70.

Entre os pontos visitados pelo grupo estão os indicados pela comerciante Maria Mercês de Castro, que, em março, encontrou ossos que podem ser de seu irmão em uma fazenda de Brejo Grande do Araguaia (PA), próximos a São Domingos do Araguaia (PA). Para chegar ao local, Maria seguiu as orientações de antigos moradores da região.

Ainda em Brejo Grande do Araguaia, o grupo verificou um local chamado de Casa do Curió, onde um informante disse que três corpos foram enterrados. A conclusão dos peritos, contudo, é que serão necessárias investigações complementares em todas as áreas visitadas.
 
O grupo começou suas buscas em junho de 2009. Com base nos locais identificados durante esta primeira fase de reconhecimento, deu início, em outubro de 2009, às primeiras escavações. Devido ao início do período de chuvas, o trabalho teve de ser interrompido em novembro de 2009, sem que nada tivesse sido encontrado.
 

 

Edição: Rivadavia Severo