Banco do Brasil estuda compra de agências nos Estados Unidos

13/05/2010 - 17h34

 

Marli Moreira

Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Banco do Brasil (BB) quer aumentar o número de correntistas pessoas físicas e, para isso, vai investir na compra de instituições financeiras dos Estados Unidos. A informação foi dada hoje (13) pelo vice-presidente de Negócios Internacionais e Atacado, Allan Simões Toledo.

 

Segundo ele, atualmente, existem cerca de 500 instituições à venda nos Estados Unidos, o que abre oportunidades para amentar a base de clientes, atendendo à maior comunidade brasileira fora do país – 1,4 milhão de pessoas. Hoje, há apenas duas agências do Banco do Brasil nos Estados Unidos, uma em Nova York e outra, em Miami.

A intenção é exportar o modelo de operação mantido pelo BB no Japão, onde a instituição tem sete agências. Ele revelou que o Japão tem o terceiro maior grupo de brasileiros fora do país – 370 mil. Desse total, 170 mil são clientes do banco brasileiro.

No mês passado, o BB comprou o Banco da Patagônia, da Argentina, com atuação direcionada ao atendimento de empresas. Segundo Toledo, o negócio já foi totalmente concluído, faltando apenas os trâmites legais dos órgãos reguladores, o Banco Central da República Argentina e o Banco Central do Brasil. Nessa operação, o BB passou a deter 51% do capital social e votante em circulação do banco argentino, desembolsando US$ 479,6 milhões para o pagamento das ações.

A instituição que acaba de ser incorporada tem 154 agências, o que será adequado para atender as 400 empresas brasileiras instaladas na Argentina. “Poderemos executar movimentações como fornecer crédito, capital de giro, transações para a folha de pagamento, cobranças, recebimentos etc”, explicou.

O BB divulgou hoje (13) seu desempenho financeiro do primeiro trimestre. O lucro foi de R$ 2,4 bilhões, 41% maior que o do mesmo período do ano passado. Entre os destaques do desempenho, estão as operações de concessão de crédito à pessoa física, com alta de 55,5% em 12 meses e de 3,6% no primeiro trimestre.

 

 

Edição: Lana Cristina